domingo, 26 de outubro de 2008

Espelho, espelho meu...

Nada do que as pessoas me dizem é desinteressante para mim. A reação a cada palavra obviamente difere de acordo com meu estado de espírito ou o teor que percebo de cada frase, mas tudo me interessa...

Interessa principalmente porque pretendo um dia poder criar uma visão original e única do mundo ao meu redor, e isso deve ser pautado principalmente pelos sentimentos de raiva, compaixão, amor e tantos outros que passaram por minha alma quando ouvi determinados comentários ao meu respeito e a respeito de outras pessoas ou coisas. Esta visão deve ser tão abrangente que possa me permitir encontrar o vazio do "Go rin no sho" de Musashi ou o caminho do meio de Jung ou até mesmo conseguir entender os designios do meu "daemon" socrático!

Cada vez que reajo a um comentário ou uma atitude de uma pessoa à minha frente, conheço-me ainda mais, mas ainda é insuficiente! Insuficiente, pois ainda não encontrei a cola que une todas estas facetas que formam as reações da minha personalidade única e intransferível, como uma digital, que infelizmente não pode ser mostrada para outras pessoas sob pena dos mais estúpidos julgamentos ou as mais anímicas tentativas de compreensão de mim mesmo!

É por isso que o que cada um diz para mim é importante para eu compreender o que é verdade ou mentira na expressão do outro e compreender o que é verdade ou mentira em mim mesmo, como se eu só pudesse me apropriar de fato, através de um espelho, na reação que o outro tem de mim mesmo!

Enquanto eu não atingir meus arquétipos e mitos que comandam a minha vida, não deixarei de ter interesse no que os outros dizem, porque por mais estúpidas que sejam as palavras ou atitudes daqueles que me cercam, elas representam o que há de melhor para a solução das minhas representações externas! Depois disso, creio que estarei livre para pensar sem moletas!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um é vários e vários são um

No Aikido, aprendemos, desde cedo, que um é vários e vários são um! O que quer dizer isto? O ataque de vários quase sempre é coordenado por uma idéia fixa: acertar o alvo em sua frente. Não há estratégia, apenas acertar o oponente único! É a brutalidade da massa que está envolvido no ataque...

Já o contrário, acontece quando um pode se colocar em diversos lugares, evitando quaisquer ataques, sem temer ser ferido, apenas tentando seguir o princípio do vazio...

O princípio do "maai" é imprescindível no treinamento do iniciante. É preciso saber se posicionar corretamente. Depois, deve-se reter o princípio do "deai" que significa o tempo certo de se movimentar. Por fim, aprendemos o "zanchi", ou coordenar tudo!

Isto vale para tudo na vida e, é por isso, que demora tanto para se dominar o treinamento do aikido. Costuma-se dizer que só se começa a aprender realmente a arte, depois de se tornar "shodan".

Estes princípios são facilmente explicáveis na vida como no tatame...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Êxtase

A sensação de êxtase é única. Ao mesmo tempo em que sentimos uma leveza sem igual, há também uma angústia por não achar que seja merecedor desta sensação de outro mundo!

Já ouvi dizer uma vez: "a felicidade não é deste mundo!", e concordo com isto... Muitas são as vicissitudes que devemos passar para aprendermos a ser melhores! E isto nos impede de enxergar que o nosso sofrimento parte do nosso próprio orgulho e falta de auto-conhecimento...

Mas, a sensação de êxtase é única! Não sei quantas vezes experimentei esta plenitude, mas parece ser de "outro mundo". Nós ainda não estamos preparados para experimentar a felicidade plena ainda por aqui, mas uma "vezinha" parece nos dar o gosto do quanto podemos nos sentir melhor se evoluíssemos mais nossos sentimentos mais íntimos... Decididamente, temos que deixar de lado estas atitudes hipócritas de quem aponta os erros dos outros e se esquece de olhar os próprios.

Para Dionísio, êxtase é uma sensação de "inspiração e entusiasmo", acrescentaria "paz". Mas sei que é apenas um gostinho... Nossos sentidos humanos não nos permitem perpetuar ainda esta sensação...

Que pena!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O não fazer sentido

Tudo na ciência tem que fazer sentido! Esperamos que isso ou aquilo tenha algum sentido e buscamos mesmo por isso.

Quando nos deparamos com um problema que não faz sentido ou aparentemente não nos leva a parte alguma, costumamos utilizar a palavra "estranho" e seguimos nosso caminho... Estranho é o que mais ouço de meus colegas quando algo "não faz sentido" para eles! Eu mesmo já usei muito esta palavra... Depois comecei a perceber que este é um ótimo recurso para escondermos nossa ignorância e comodismo para compreender o que está na nossa frente. Parei de usá-la! Agora, simplesmente, resolvi que não utilizo mais ela. Quando não compreendo algo, simplesmente perco o sono e vejo como é penoso e trabalhoso compreender seriamente algo novo!

Por mais que nos esforcemos para nos contentarmos com algum conhecimento de alguma coisa, parece que mais nos enganamos, pois ainda falta muito para compreender! Tenho descoberto que, por outro lado, a melhor forma de se sentir menos insatisfeito com algo é reconhecer que aquilo não faz sentido!

E realmente nada parece fazer sentido visto de muito perto! Porque para fazer sentido precisaríamos ser oniscientes e enxergar todas as relações de uma determinada questão antes, durante e depois que ela acontece. E isto é obviamente impossível! O fazer sentido, portanto, é algo que utilizamos para parar de pensar sobre uma determinada questão; é o ser "estranho" que carimbamos e nos voltamos para outras questões que mais nos interessam, porque caso contrário poderíamos entrar numa reflexão sem fim e perder o sono!

O não fazer sentido é necessário e a medida de até onde devemos utilizá-lo para parar de refletir é diretamente proporcional a nossa força mental e inversamente proporcional ao nosso grau de auto-engano! Sendo totalmente sinceros, a busca por uma resposta coerente não terminaria nunca, pois a satisfação de obter uma resposta seria sempre frustrada à medida que visualizássemos outro ângulo da questão!

O não fazer sentido, portanto, pode ser apenas um começo para uma reflexão maior ou uma dica para seguirmos outro caminho ou, até mesmo, quando somos mais comodistas, uma forma de pararmos de pensar sobre um problema. Em quaisquer um dos casos, o que determina a nossa parada é o grau de sinceridade para com nós próprios!

Faz sentido?

domingo, 19 de outubro de 2008

Blindness

Hoje estive conversando sobre o livro de Saramago, "Ensaios sobre a Cegueira", que li há dois anos atrás. O filme já foi lançado e estou louco para assistí-lo!

Nunca me senti tão incomodado por um livro como aquele! A cada página, via a mensagem do humanamente concebível: a maldade! Fruto da nossa eterna ignorância, consegue competir com nossa estupidez por um lugar no mundo. Possuimos a "cegueira leitosa" sugerida por Saramago, que nos impede de ver a luz que está em nossa frente! Sofremos por nossa própria falta de visão... Não conseguimos ver o que há em nós e vemos o que há em nosso próximo...

Penso então o que realmente ignoramos em nós mesmos e no mundo que nos faz tomar atitudes diárias dirigidas a tirarmos sempre proveito de alguma situação quando nos é possível (e às vezes quando não é, também). E o pior: esta maldade é tão contagiosa que em um meio onde é "culturalmente aceita" nos leva a justificar nossas pequenas decisões cegas! É peneso para nós termos que tomar cicuta por atitudes socráticas...

Até mesmo as palavras muitas vezes nos pregam peças e enganamo-nos a nós mesmos, tentando encontrar justificativas fracassadas para a perpetuação de nossa cegueira! Quando sairemos dessa "consciência com sono" ou, muitas vezes, inconsciência total, não faço idéia; imagino que seja apenas quando provavelmente deverá formos totalmente sinceros com nós mesmos, sem mais uma mentira ou subterfúgio. Aquele dia em que nos sentirmos totalmente livres para não mais nos enganarmos e usarmos máscaras para parecermos melhor do que realmente somos. Neste dia, pareceremos realmente pessoas dignas!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Paixão e genialidade

Acabei de assistir a uma palestra sobre Mozart! Rapaz interessante, este Amadeus Mozart. Conseguia compor ao realizar tarefas banais, como andar de carruagem ou ensinar piano. Parecia que seu gênio criativo estava em constante ebulição! Viveu apenas 38 anos para fazer história...

Será que se vivesse nos dias atuais, seria assim também? É certo que viveria mais, pois poderia frequentar academia, comer comidas mais selecionadas e até dispor de medicina mais especializada... Ai fico pensando: será que a genialidade iria aflorar? Ainda mais se tivesse internet em casa, quase certo que não poderia colocar suas músicas em seu site pois os direitos autorais seriam violados! E se o próprio Requiem dizem que foi roubado pelo seu arqui rival, imagina o que aconteceria na internet... Nem saberíamos quem seria o Amadeus!

Definitivamente, não. Ele não seria um gênio! Estaria demais envolvido em distrações, e não haveria a atmosfera apaixonante da época - o que falta em nosso tempo! As pessoas só se apaixonam pelas próprias projeções delas mesmas em seus amantes. Paixão por um ideal ou pensamento, em nossos dias, parece ser coisa rara e quase sempre dura o tempo suficiente para se ganhar dinheiro com uma idéia. Acho que o gênio apaixonante e apaixonado de Mozart, Beethoven, Shubert teve uma época e lugares certos! Hoje, não há espaço para essas coisas...

Vivemos numa era dos descartáveis! Numa época que tudo é manipulado, desde os transgênicos até os "realities show" das TVs. Tudo dura o tempo suficiente para estar na moda!

Acho que a condição de gênio é mais que ser meramente muito inteligente em uma determinada área, é estar de certa forma consciente da sua paixão e o que ela causa para a humanidade... Longe de mim pensar que sou um gênio, sou consciente demais dos meus erros para isso! A genialidade definitivamente não é privilégio de uma criança que com 3 anos decora todos os livros pela frente ou consegue memorizar a tabuada até 9834 vezes 13807! A genialidade tem que expressar algo mais, uma verdade quase absoluta na cabeça do gênio e que ninguém sabe explicar ou fazer igual, mas sabe que é melodia para os ouvidos, fulgor para os olhos e originalidade para as mentes! Tem que ter paixão... Aquele acreditar naquela verdade mais profunda de sua mente, e que vai além da mediocridade do dia-a-dia! Jung já dizia que se fosse expressar tudo que lhe ia na cabeça, quantas asneiras sairiam... É uma pena que hoje em dia só conseguimos enxergar o banal, o imediato.

Até culturalmente, as sociedades mundiais têm se igualado em meros sacos plásticos, onde mudam-se os nomes, mas a essência é a mesma: falta de paixão!

domingo, 12 de outubro de 2008

Ensaios sobre o poder

Onde há uma organização de pessoas é quase certo que a dinâmica do poder exista! Família, associação cultural, instituição religiosa, Estado são apenas alguns exemplos disso...

Mas por que, hoje em dia, conseguimos falar de sexo, mas é tão difícil definir o que é poder? Por que vivemos em uma época em que todo mundo já ouviu falar de Freud, mas quase ninguém sabe quem é Adler? Jung dizia que Freud escrevia sobre sexo, pois tinha o poder e Adler escrevia sobre o poder, porque queria tê-lo! Temo discordar desta afirmação!

Vejamos uma situação simples que é bastante corriqueiro: o poder do boato! Quantos casos podemos enumerar sobre pessoas que perderam tudo por uma simples mentira? Um exemplo foi aquele senhor que possuia uma escola primária há anos e de repente por uma simples rivalidade com um dos pais, foi inventado que ele era um estuprador (com direito a depoimentos de crianças e tudo o mais) e pum! Uma vida dedicada a educação foi por água abaixo. Anos mais tarde, provou-se a completa inocência do sujeito! Foi o poder da palavra que permeia no espírito coletivo incauto dos nossos contemporâneos. que primeiro acredita no boato depois vai verificar. Atualmente, os boatos começam a ser tão bem feitos que tem até site especializado em desmacá-los (http://www.ceticismoaberto.com - principalmente, numa época, em que o poder da informação é confundido com sabedoria).

Mas, prossigamos! O filho chora porque quer um novo modelo de console de jogos e o pai, já cansado, de ouvir aquele choro, compra para se livrar! Mas o que isso tem a ver com o poder? O pai exerceu poder sobre o filho por que o fez calar, certo? Errado: o filho é que exerceu o poder sobre o pai, por que sabe que a insistência pode levar a conquista! E, hoje em dia, quase sempre isso surte efeito!

Vejamos outro exemplo sobre a troca de favores! Um sujeito conhecendo suas limitações resolve conquistar as pessoas as quais ele considera úteis para ele! E sem dizer nada, é muito solícito para com todos com aqueles que tem interesse! Olha ai a dinâmica do poder se realizando: os que se sentem devedores passam a serem dominados pela culpa de não retribuir, porque parece que inconscientemente as pessoas precisam de aprovação social, ou seja, não retribue, não é aceito. O mal não está, obviamente, na troca de favores, mas no que é pedido em troca, ou melhor, no caráter moral do que é pedido em troca (e aqui reside talvez milhares de nuances a respeito). Esta é a verdadeira força dos meios políticos e congregações que se afinam para o poder partidário (seja ela onde for)!

A grande questão na dinâmica do poder não é o fato do diabo aparecer com chifre e tridentes. Quase sempre ele aparece como uma mulher deliciosa, com curvas de Juliana Paes e rosto de Michelle Pfifer. E é por isso que conseguimos falar sobre sexo (e não sober poder): porque com a ajuda do nosso quarto poder contemporâneo (a internet e todos os meios sociais de comunicação que as usam) conseguimos definir exteriormente (aparentemente) o que é mal e bom! Com o poder, não! Ele sempre vem disfarçado de trapaças pessoais das quais nos convencemos que não há problema moral e ético envolvido!

É na subliminaridade das relações que mora a grande questão do poder. Perceber essas relações, em contrapartida, nos faz parecer neuróticos, esquisóides ou paranóides. Creio que enquanto não nos defrontarmos com nossos próprios demônios, nunca chegaremos verdadeiramente a compreender a frase "amar ao próximo com a si mesmo". Pois, talvez, seja compreendendo o que está por trás de nossas próprias intenções é que possamos colocar em prática o que a frase nos pede. Ao tentarmos manipular o próximo para dar vazão aos nossos jogos de poder, apenas estamos lançando ainda mais os nossos temores para o nosso incosciente: a partir dai, começamos a chamar ansiedade de "falta de ar", vontade de controlar as pessoas de "gastrite" e falta de amor de "câncer".

O amor talvez seja a única solução para pouco a pouco diminuirmos o que os jogos de poder têm nos causado, porém se não deparamos definitivamente com nossos demônios, eles sempre andarão atrás de nós, fantasiados não somente de doenças, mas também usando máscaras (de bondade, camaradagem, vítima, etc) para que as outras pessoas não os percebam.

O indivíduo e a sociedade

Quando tinha 16 anos, comecei a comprar nas bancas a série "Os Pensadores". O primeiro pensador da série era o psicólogo Carl Gustav Jung. Nesta biografia inicial, uma idéia expressa por Jung me chamou muita atenção: "o indivíduo possui duas personalidades: uma individual e outra coletiva!".

Senti uma sensação estranha com esta frase: parecia que fazia sentido para mim, mas não conseguia expressar uma conclusão absoluta ou, nem mesmo, relativa sobre o seu significado maior. Resolvi investigar... Fui a biblioteca de um curso de alemão, inscrevi-me e resolvi pegar todos os livros de Jung possíveis.

Quase 20 anos depois, um monte de experiências e uns 10 livros deste autor, entendo melhor o que ele quis dizer... Parece claro que o homem possui uma personalidade coletiva. Quem nunca participou de um evento com muita gente? Parece que nos transformamos. Quando se é um adolescente, por exemplo, ir a um jogo de futebol em que seu time participa, isto parece mais claro: gritamos, choramos, brigamos... Como se aquilo fizesse parte da gente... como se, ao perder, ou ganhar, nós próprios perdemos ou ganhamos, também! Aquele torcedor parece encetar uma faceta da gente que não condiz com aquele outro ser sozinho em seu quarto!

E quando estamos no colégio? Garotas, amigos! Começamos a namorar. Parece estranho, termos uma atitude com uma namorada, diferente de quando estamos com os amigos. Com elas, precisamos parecer mais maduros, com eles precisamos é parecer engraçados!

Lembro-me de um programa que passava na tv: "Anos Incríveis". Era a história de Kevin Arnold e suas experiências. Esta série foi apresentada por mais de 10 anos com o mesmo ator e podíamos ver o Kevin desde os seus 10 anos até o seu casamento e filhos! O incrível desta série foi o auto descobrimento do Kevin. A cada experiência, Kevin se deparava com a sua individualidade e sua personalidade coletiva, a qual ele só se questionava ao final de cada episódio.

É óbvio que Jung vai muito além disso tudo. Quando afirmava que o homem tinha uma personalidade coletiva, referia-se a arquétipos, mitos coletivos e muito mais. Isto foge aqui explicar. Não sou psicólogo, apenas um aprendiz de observador do mundo à minha volta (com meus viezes e preconceitos)... Porém, o que mais me intrigava, era: como uma pessoa poderia ser coletivamente tão diferente do que quando estava sozinho? Por que apresentamos esta dissonância tão grande em nosso ser? E na maioria das vezes nem nos damos conta disso...

Quando começamos a amadurecer, isso parece que se torna especialmente crítico! As mentiras brancas que os adolescentes usavam para se livrar de problemas com os pais, parecem se transformar em mentirar um pouco mais pardas... E manter isso é importante para a sociedade. Vejamos, por exemplo, aquele programa: "O Momento da Verdade" (ou The Moment of Truth, nos EUA). Ganhar dinheiro sendo verdadeiros, especialmente muito dinheiro, parece o verdadeiro objetivo do jogo... Às perguntas mais picantes, ouvimos o auditório vaiar ou aquele longo e profundo som: "oh". Como se nos regojizássemos daquilo que foi dito e nunca tivéssemos passado por tal situação. A verdade é que as peguntas são baseadas em situações coletivas. E mesmo antes da era da informação (sim, aquela época em que nossos pais diziam: "isso não acontecia em meu tempo"), podíamos observar situações como traições, roubos, trapaças e muitas coisitas mais. "Atire a primeira pedra quem nunca pecou!"

Pois é, Sócrates foi condenado à morte por dizer a verdade! Será que não seríamos também!? O fato é parece que não dizemos a verdade porque não queremos. Não dizemos a verdade porque não estávamos conscientes dos nossos atos quando fomos assomados por nossa espírito coletivo... Como justificar a nossa eterna estupidez e insensatez? Se ao menos tivéssemos uma idéia que norteasse nossos atos no momento em que "pecamos", seria mais fácil! E tem sempre a nossa querida instituição religiosa para lembrar que somos pecadores! Seja lá o que tenhamos feito, somos pecadores! Ela só esquece de dizer que o pior dos pecados mora no íntimo de cada um e não fora! "O fato de fazermos sacrifícios para fazer o bem ou o mal não altera em nada o valor definitivo dos nossos atos", diz Nietzsche.

Quando o ser humano se tornar mais consciente de que "já aprendemos a falar sobre sexo, o problema agora é falar sobre poder!", como dizia um velho amigo psicólogo, encontraríamos nossa paz! De qualquer forma, isto é um assunto para outro post!