No ano passado, uma grupo de mães blogueiras sugeriram que os pais fizessem posts sobre a paternidade. Escrevi este Ser pai é paidecer no paraíso. Um ano depois, já sou pai de meu segundo filho (minha pequena Duda), e lembrei de um fato interessante que aconteceu comigo: tinha acabado de chegar no Brasil depois de passar quase 4 anos fora, estudando no exterior. Meu filho tinha entre 1 ano e meio e 2 anos e ao chegar ao Brasil passou por aquela fase que vivia com infecções alérgicas. Como minha esposa precisava resolver algumas questões no mesmo dia que marcamos a homeopata para ele, fui eu leva-lo à tal médica. Ao entrar na sala, já percebi uma certa hostilidade, e durante a conversa ficou claro que ela não se sentia confortável em conversar com um homem sobre o filho. No final da consulta, ela passou seus telefones e pediu que minha esposa lhe telefonasse se houvesse alguma necessidade.
Bom, esse fato me fez pensar que ainda vivemos no século passado quando se trata do papel do pai, aqui no Brasil. Por que o pai não pode saber de detalhes sobre hábitos de seu filho? Se as mães tanto saem para o trabalho, o que impede que o pai e a mãe estejam perto dos filhos igualmente? A família é um conceito que se percebe em mudança. Parece que o velho conceito do pai-trabalhador-mãe-dona-de-casa já não se encaixa nos dias de hoje. Entretanto, por outro lado, transfere-se muito às babás a responsabilidades sobre os filhos (principalmente, em nossa terra liberta-da-escravidão-mas-cheia-de-ransos-do-tipo). Em alguns casos, há babás até de final de semana que trabalham enquanto as da semana têm folga. Ter filho realmente dá muito trabalho, mas temos que ser responsáveis por nossas escolhas e não há dinheiro no mundo que pague a interação intensa entre pais, mães e filhos em uma unidade familiar com valores e preceitos bem fundamentados. Com fundamentados, entende-se conversas, respeito, civilidade, cidadania e principalmente muito amor.
Para a psicologia, o papel do pai é apresentar o mundo aos filhos e apresenta-los aos preceitos morais e éticos para o bem viver em sociedade. Além disso, também precisamos dar carinho, conversar com nossos filhos, criar empatia e criar laços de amizade que possam se perpetuar para o futuro.
Nesse sentido, dedico este post a todos os pais que, assim como eu, tentam ser pais para o futuro, tentando romper o conceito enraizado do pai do século XX e buscando ser Ser Pai no Século XXI.
Feliz Dia dos Pais (12/08/12)
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