Ser pai no século passado era ser provedor. De maneira geral, não havia o compromisso de compreender os anseios dos filhos, de guiá-los conforme uma filosofia maior de vida! Não que os nossos pais não tivessem sido carinhosos, ou presentes, ou mesmo compreensívos com nossos erros, mas era diferente...
Sou pai. Mais que isso, sou pai nesse século, apesar de ter me criado no século passado. Apesar de não poder fazer o que minha esposa faz (bem que queria amamentar, e se fosse possível até mesmo cuidar de nosso bambino ao longo do dia), sempre quero estar presente em todos os momentos de seu desenvolvimento. Vê-lo dar os primeiros passos, falar as primeiras palavras, e mais que isso: passar uma filosofia de vida maior, criar um ser profundo que PENSE os pequenos detalhes e idiossincrasias de sua vida e do meio que viverá. E o mais interessante disso tudo, não estou sozinho. Cada vez mais vejo amigos também tentando ser pai dessa forma: não apenas provendo o sustento maior da casa (mesmo porque, ser provedor sozinho nem entra na equação do nosso século...), mas fazendo parte, se possível até sendo um pouco mãe no que for possível. Infelizmente, o efeito colateral é termos ciúmes das nossas esposas (acho que Freud não previa isso!!), mas isso me enche de orgulho, pois vejo pais diferentes, onde se preocupam em educar seus filhos e não deixar essa responsabilidade exclusivamente com as escolas. Pais que querem que seus filhos sejam éticos no sentido mais largo da palavra.
E, hoje, dia dos pais no Brasil, vejo que nosso planeta parece ter enfim um delineação de um futuro melhor, com uma geração mais preocupada com questões além da sobrevivência e da díade viver-morrer. Preocupada com o SER e não com o TER.
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