Papai esqueceu, no carro, a garrafa que Victor (1 ano e 11 meses) toma leite todas as noites. Papai dá um copo para Victor tomar leite e explica para ele que a garrafa ficou no carro.
No dia seguinte, Victor vê a garrafa de novo na hora de fazer o leite para dormir:
Victor: "Papai achou a garrafa!"
Papai: "Papai achou, sim, filho!"
Victor: "Papai é sabido..."
Fiquei pensando: o sabido sou eu ou ele?
Filosofia é a arte do pensamento. Do abstrato ao concreto, do intangível ao tangível, do sem sentido às entrelinhas, tudo passa por nossos pensamentos e a expressão dessas idéias talvez seja o mais difícil para nós! Aqui, vou tentar expressar idéias que muitas vezes ficam apenas em minha cabeça e quase sempre estão além das (atitudes, ações, justificativas e idéias) ideais!
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
Ser pai no século XXI
Ser pai no século passado era ser provedor. De maneira geral, não havia o compromisso de compreender os anseios dos filhos, de guiá-los conforme uma filosofia maior de vida! Não que os nossos pais não tivessem sido carinhosos, ou presentes, ou mesmo compreensívos com nossos erros, mas era diferente...
Sou pai. Mais que isso, sou pai nesse século, apesar de ter me criado no século passado. Apesar de não poder fazer o que minha esposa faz (bem que queria amamentar, e se fosse possível até mesmo cuidar de nosso bambino ao longo do dia), sempre quero estar presente em todos os momentos de seu desenvolvimento. Vê-lo dar os primeiros passos, falar as primeiras palavras, e mais que isso: passar uma filosofia de vida maior, criar um ser profundo que PENSE os pequenos detalhes e idiossincrasias de sua vida e do meio que viverá. E o mais interessante disso tudo, não estou sozinho. Cada vez mais vejo amigos também tentando ser pai dessa forma: não apenas provendo o sustento maior da casa (mesmo porque, ser provedor sozinho nem entra na equação do nosso século...), mas fazendo parte, se possível até sendo um pouco mãe no que for possível. Infelizmente, o efeito colateral é termos ciúmes das nossas esposas (acho que Freud não previa isso!!), mas isso me enche de orgulho, pois vejo pais diferentes, onde se preocupam em educar seus filhos e não deixar essa responsabilidade exclusivamente com as escolas. Pais que querem que seus filhos sejam éticos no sentido mais largo da palavra.
E, hoje, dia dos pais no Brasil, vejo que nosso planeta parece ter enfim um delineação de um futuro melhor, com uma geração mais preocupada com questões além da sobrevivência e da díade viver-morrer. Preocupada com o SER e não com o TER.
Sou pai. Mais que isso, sou pai nesse século, apesar de ter me criado no século passado. Apesar de não poder fazer o que minha esposa faz (bem que queria amamentar, e se fosse possível até mesmo cuidar de nosso bambino ao longo do dia), sempre quero estar presente em todos os momentos de seu desenvolvimento. Vê-lo dar os primeiros passos, falar as primeiras palavras, e mais que isso: passar uma filosofia de vida maior, criar um ser profundo que PENSE os pequenos detalhes e idiossincrasias de sua vida e do meio que viverá. E o mais interessante disso tudo, não estou sozinho. Cada vez mais vejo amigos também tentando ser pai dessa forma: não apenas provendo o sustento maior da casa (mesmo porque, ser provedor sozinho nem entra na equação do nosso século...), mas fazendo parte, se possível até sendo um pouco mãe no que for possível. Infelizmente, o efeito colateral é termos ciúmes das nossas esposas (acho que Freud não previa isso!!), mas isso me enche de orgulho, pois vejo pais diferentes, onde se preocupam em educar seus filhos e não deixar essa responsabilidade exclusivamente com as escolas. Pais que querem que seus filhos sejam éticos no sentido mais largo da palavra.
E, hoje, dia dos pais no Brasil, vejo que nosso planeta parece ter enfim um delineação de um futuro melhor, com uma geração mais preocupada com questões além da sobrevivência e da díade viver-morrer. Preocupada com o SER e não com o TER.
Ninguém é imbatível, mas por que não tentar fazer o melhor!?
Estava ansioso para ver a defesa do cinturão dos médios por Anderson Silva. O desafiante foi o estadunidense Chael Sonnen. No período de promoção da luta, o Chael falou bastante. Estava defendendo a hipótese de que ele era melhor que o Anderson, apesar de considerar que o último era um lutador fantástico! Ninguém parecia acreditar muito nisso...
Um parêntese: na última defesa de cinturação, contra o Damian Maia (apesar do nome, o sujeito é brasileiro, mesmo), o Anderson Silva foi bastante criticado por uma atitude anti-desportiva no ringue, onde assumiu uma postura de chacota contra o adversário. Naquela luta, o Anderson poderia ter nocauteado o Damian, mas não sei bem porquê venceu apenas por pontos e terminou ileso. Fecha parênteses!
Na madrugada desse sábado, comecei a assistir as lutas, esperando o grande momento! Particularmente, as lutas preliminares foram todas muito chatas, com exceção da luta do John Fitch, que apesar de nunca ter o visto lutar, realmente me impressionou com sua técnica e tática.
Enfim, começa a grande luta. Defesas de cinturão são disputadas em 5 rounds, em contraposição aquelas lutas normais que só possuem 3 rounds. E os dois lutadores entram na arena. Primeiro o desafiante e depois o grande Da Silva. Este entra sem mesmo olhar para o adversário, com uma postura de total desprezo. O Sonnen? Sempre de cabeça baixa... Começam a lutar. E, depois das críticas, todos esperam um Da Silva mais contundente, mostrando o porquê de estar defendendo seu cinturão desde agosto de 2006. Primeiro ataque e Sonnen mostra-se mais equlibrado, recua e leva o Da Silva para o chão. Ninguém acreditava naquilo. Vimos um Da Silva totalmente inerte, apenas se defendendo. Apesar de apanhar bastante, nenhum corte, diferentemente do Sonnen, que já tinha o rosto bastante ensanguentado! E acaba o round 1, com uma contagem de 10/8 ou 10/9 feita pelos comentaristas do SporTV. Começa o segundo round, e todos esperam uma reação, mas tudo segue como "d'antes no quartel de Abrantes": 10/9 para Sonnen.
Bom, só tinha mais o terceiro round para o Anderson dar a volta por cima, pois caso contrário só continuaria com o título por K.O. ou submissão. E não deu outra: Anderson perdeu mais uma vez! Da mesmíssima forma que os outros rounds. Pronto: só havia agora a possibilidade de finalização ou o cinturão estaria nas mãos do americano! Round 4 e o impossível aparecia na frente dos olhos de milhões de telespectadores: Anderson escorrega sozinho e cai! Era a derrota final, o maior campeão de todos os tempos estava acabado, humilhado, derrotado por sua própria arrogância na última luta, onde pisou seu adversário mais com uma atitude de déspota do que de um grande lutador! E os minutos se passavam e só víamos o Anderson submisso, se defendendo bastante dos golpes certeiros de Sonnen. Era o fim!
Round 5: Continua tudo como nos outros rounds. Esperem, o que foi isso? Uma batida (tap out)? Anderson estava agora com parte do braço e cabeça do Sonnen entre as pernas e Sonnen batia 3 vezes levemente na perna do Anderson para que parasse. O pior foi que depois que o juiz viu o que aconteceu, numa atitude de extrema anti-desportividade, o Sonnen queria continuar a luta, tentando transparecer que não tinha batido...
Não acreditava no que se tinha delineado faltando 2 minutos para o término do round 5: Anderson havia vencido com submissão, e provado que era o maior lutador de MMA de todos os tempos. Nas palavras finais, em meio a uma ensurdecedora vaia geral do publico da Califórnia, Anderson explicava que tinha lutado com uma costela quebrada nos treinos. Ele havia vencido a si mesmo, sua arrogância, sua prepotência e mais que isso sua própria inflação egóica! E deixou uma lição: ninguém é imbatível, mas precisamos nos momentos mais difíceis de uma dose de humildade e superação para tentarmos pelo menos fazer o melhor...
Um parêntese: na última defesa de cinturação, contra o Damian Maia (apesar do nome, o sujeito é brasileiro, mesmo), o Anderson Silva foi bastante criticado por uma atitude anti-desportiva no ringue, onde assumiu uma postura de chacota contra o adversário. Naquela luta, o Anderson poderia ter nocauteado o Damian, mas não sei bem porquê venceu apenas por pontos e terminou ileso. Fecha parênteses!
Na madrugada desse sábado, comecei a assistir as lutas, esperando o grande momento! Particularmente, as lutas preliminares foram todas muito chatas, com exceção da luta do John Fitch, que apesar de nunca ter o visto lutar, realmente me impressionou com sua técnica e tática.
Enfim, começa a grande luta. Defesas de cinturão são disputadas em 5 rounds, em contraposição aquelas lutas normais que só possuem 3 rounds. E os dois lutadores entram na arena. Primeiro o desafiante e depois o grande Da Silva. Este entra sem mesmo olhar para o adversário, com uma postura de total desprezo. O Sonnen? Sempre de cabeça baixa... Começam a lutar. E, depois das críticas, todos esperam um Da Silva mais contundente, mostrando o porquê de estar defendendo seu cinturão desde agosto de 2006. Primeiro ataque e Sonnen mostra-se mais equlibrado, recua e leva o Da Silva para o chão. Ninguém acreditava naquilo. Vimos um Da Silva totalmente inerte, apenas se defendendo. Apesar de apanhar bastante, nenhum corte, diferentemente do Sonnen, que já tinha o rosto bastante ensanguentado! E acaba o round 1, com uma contagem de 10/8 ou 10/9 feita pelos comentaristas do SporTV. Começa o segundo round, e todos esperam uma reação, mas tudo segue como "d'antes no quartel de Abrantes": 10/9 para Sonnen.
Bom, só tinha mais o terceiro round para o Anderson dar a volta por cima, pois caso contrário só continuaria com o título por K.O. ou submissão. E não deu outra: Anderson perdeu mais uma vez! Da mesmíssima forma que os outros rounds. Pronto: só havia agora a possibilidade de finalização ou o cinturão estaria nas mãos do americano! Round 4 e o impossível aparecia na frente dos olhos de milhões de telespectadores: Anderson escorrega sozinho e cai! Era a derrota final, o maior campeão de todos os tempos estava acabado, humilhado, derrotado por sua própria arrogância na última luta, onde pisou seu adversário mais com uma atitude de déspota do que de um grande lutador! E os minutos se passavam e só víamos o Anderson submisso, se defendendo bastante dos golpes certeiros de Sonnen. Era o fim!
Round 5: Continua tudo como nos outros rounds. Esperem, o que foi isso? Uma batida (tap out)? Anderson estava agora com parte do braço e cabeça do Sonnen entre as pernas e Sonnen batia 3 vezes levemente na perna do Anderson para que parasse. O pior foi que depois que o juiz viu o que aconteceu, numa atitude de extrema anti-desportividade, o Sonnen queria continuar a luta, tentando transparecer que não tinha batido...
Não acreditava no que se tinha delineado faltando 2 minutos para o término do round 5: Anderson havia vencido com submissão, e provado que era o maior lutador de MMA de todos os tempos. Nas palavras finais, em meio a uma ensurdecedora vaia geral do publico da Califórnia, Anderson explicava que tinha lutado com uma costela quebrada nos treinos. Ele havia vencido a si mesmo, sua arrogância, sua prepotência e mais que isso sua própria inflação egóica! E deixou uma lição: ninguém é imbatível, mas precisamos nos momentos mais difíceis de uma dose de humildade e superação para tentarmos pelo menos fazer o melhor...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Pai, dono de casa e, agora, ... Doutor!
Foram 3 anos e 4 meses de intenso trabalho... As conquistas? 2 prêmios acadêmicos, 2 publicações em revistas internacionais de alto impacto, 5 conferências internacionais e 1 capítulo de livro. O resultado final, aprovado com louvor e distinção por unanimidade.
Pensando bem agora, a única mudança em mim que percebo depois de tudo é que comecei a dar mais importância aos pequenos momentos em família. No meio do meu doutorado, meu filho nasceu, e nos encheu de alegrias. Minha esposa defendeu o mestrado, e fiquei super orgulhoso. Acho que todas essas experiências ensinaram-me a ver o que importa na vida, os momentos felizes com quem você ama...
Viver no exterior não é fácil, não temos a segurança de viver em nosso país, nem as facilidades do apoio da primeira família como suporte! Temos que nos virar. Fazer tarefas de casa, dividir as tarefas de casa... E ficava sempre com o arrumar a casa, lavar o banheiro, etc. Lavar o banheiro me ensinou muitas coisas: ter que fazer uma tarefa reconhecidamente chata e suja, pensar sobre as minhas próprias inseguranças, lidar com minha raiva sobre o que estava acontecendo ao meu redor... enfim, ensinou-me a ser um pouco mais humilde!
Obter um título de Ph.D. não é fácil, ainda mais numa Universidade conceituada. Mas trabalhar a humildade depois disso, é quaser sempre muito difícil. Um membro do júri perguntou-me porque muitos títulos das minhas publicações começavam por "On..." ou por "Toward...". "É sinal de humildade ou insegurança?" ele perguntou. Respondi que a tentativa de ambos: "Humildade sempre temos que ter, e segurança, quase nunca temos, no meio acadêmico". Não sei se posso me considerar uma pessoa humilde, mas com certeza pretendo ser um dia, e foi lavando o banheiro e varrendo a casa que aprendi a dar valor as minhas conquistas e sempre valorizar e olhar nos olhos aqueles profissionais da Universidade que quase sempre só sentimos falta quando entram em greve... os profissionais da limpeza! Dar "bom dia", olhando nos olhos dele, pode fazer uma grande diferença em suas vidas!
Enfim, terminei meu processo! E aprendi bem mais que o meu doutoramento propôs, aprendi (e estou aprendendo) a ver que títulos não definem ninguém. As pessoas são definidas pelo que está em seus corações, pelo caráter! Aprendi um pouco a ser pai, a ser dono de casa... Quanto a ser doutor!? Creio que minha jornada apenas começou...
Pensando bem agora, a única mudança em mim que percebo depois de tudo é que comecei a dar mais importância aos pequenos momentos em família. No meio do meu doutorado, meu filho nasceu, e nos encheu de alegrias. Minha esposa defendeu o mestrado, e fiquei super orgulhoso. Acho que todas essas experiências ensinaram-me a ver o que importa na vida, os momentos felizes com quem você ama...
Viver no exterior não é fácil, não temos a segurança de viver em nosso país, nem as facilidades do apoio da primeira família como suporte! Temos que nos virar. Fazer tarefas de casa, dividir as tarefas de casa... E ficava sempre com o arrumar a casa, lavar o banheiro, etc. Lavar o banheiro me ensinou muitas coisas: ter que fazer uma tarefa reconhecidamente chata e suja, pensar sobre as minhas próprias inseguranças, lidar com minha raiva sobre o que estava acontecendo ao meu redor... enfim, ensinou-me a ser um pouco mais humilde!
Obter um título de Ph.D. não é fácil, ainda mais numa Universidade conceituada. Mas trabalhar a humildade depois disso, é quaser sempre muito difícil. Um membro do júri perguntou-me porque muitos títulos das minhas publicações começavam por "On..." ou por "Toward...". "É sinal de humildade ou insegurança?" ele perguntou. Respondi que a tentativa de ambos: "Humildade sempre temos que ter, e segurança, quase nunca temos, no meio acadêmico". Não sei se posso me considerar uma pessoa humilde, mas com certeza pretendo ser um dia, e foi lavando o banheiro e varrendo a casa que aprendi a dar valor as minhas conquistas e sempre valorizar e olhar nos olhos aqueles profissionais da Universidade que quase sempre só sentimos falta quando entram em greve... os profissionais da limpeza! Dar "bom dia", olhando nos olhos dele, pode fazer uma grande diferença em suas vidas!
Enfim, terminei meu processo! E aprendi bem mais que o meu doutoramento propôs, aprendi (e estou aprendendo) a ver que títulos não definem ninguém. As pessoas são definidas pelo que está em seus corações, pelo caráter! Aprendi um pouco a ser pai, a ser dono de casa... Quanto a ser doutor!? Creio que minha jornada apenas começou...
quarta-feira, 3 de março de 2010
Nas entrelinhas
O que mais gosto das crianças é a sinceridade! Elas não pensam muito para dizer o que pensam. À medida que crescem aprendem que não podem e não devem dizer a verdade, sob pena de problemas sociais. Sim, sociais, pois ninguém consegue falar a verdade na lata, sem ter uma consequência na sociedade em que vivemos.
E assim, começamos a perceber que em quase todo o discurso de um adulto há um outro discurso entre as linhas. Quando alguns dizem branco, querem na realidade dizer azul, quando uns dizem amo, querem dizer na realidade odeio... e assim por diante!
O problema todo é entendermos algumas entrelinhas até sentirmo-nos ofendidos e indignados com certos comentários! O grande ponto da questão é portanto saber que sempre há discursos nas entrelinhas, ou, quem sabe?, antes e depois das linhas...
E assim, começamos a perceber que em quase todo o discurso de um adulto há um outro discurso entre as linhas. Quando alguns dizem branco, querem na realidade dizer azul, quando uns dizem amo, querem dizer na realidade odeio... e assim por diante!
O problema todo é entendermos algumas entrelinhas até sentirmo-nos ofendidos e indignados com certos comentários! O grande ponto da questão é portanto saber que sempre há discursos nas entrelinhas, ou, quem sabe?, antes e depois das linhas...
sábado, 2 de janeiro de 2010
Uma pitada de palpite, por favor!
Imaginemos a seguinte situação: 20 pessoas da mesma família tentando decidir aonde jantar! A princípio, isto parece algo simples. Mas, na verdade, sabemos que quase sempre esta é uma tarefa inglória, principalmente quando essas 20 pessoas costumam conviver pessoalmente!
É engraçado como a dinâmica da maioria das famílias envolve uma série de questões! Quando convivemos com pessoas há muito tempo, essas questões se multiplicam, e aquela velha máxima "dê dinheiro, mas não dê intimidade" parece não resolver neste caso...
Temos que conviver com nossos velhos palpiteiros conhecidos, e nosso queridos familiares sentem-se no direito, e até no dever, de "palpitar". O palpite é uma coisa que flui das pessoas. Há aqueles que vêem disfarçados com frases rodeantes no início, há aqueles outros que são mais diretos e não disfarçam a arrogância de certas pessoas em fornecer suas opiniões, há aqueles que sempre começam com sentenças do tipo: "não quero me intrometer, mas..." ou "se eu fosse você..." ou "conheço um caso que..."; enfim disfarces para dizer o que pensa, rezando para que você concorde e até mude de opinião!
Não importa o estilo, família gosta de palpitar. Quando então se trata do destino dos netinhos, então... Esses são o diamante de toda a família! É assunto para todos os almoços de domingo, quando cada um lembra dos "calsos" para demonstrar seus pontos de vistas.
É interessante como às vezes trocamos favores por palpites. Explico-me. Lembra quando nossos pais tinham que resolver algo, ou mesmo decidiram ir ao cinema e deixa seus filhos com os avós? Pronto, tai um favor pedido, e em troca um palpite de brinde. "Minha(o) filha(o), com você a coisa foi diferente. Você devia fazer isso ou aquilo..."
Enfim, o palpite é condição necessária e suficiente para se coexistir em família. O mais interessante de tudo é estar aberto para ouvir e perceber o que se está por trás dele. Não devemos brigar ou contrariar. Devemos perceber que aos avós cabem a tarefa de "deseducar", mas a nós cabe usar essa deseducação a nosso favor, ou seja, sabendo a hora certa de intervir e orientar como achamos que deve ser! O que acredito que precisamos evitar é deixar que nosso comodismo nos leve a situações onde perdemos o leme da educação de nossos filhos. Isso sim é um caminho sem volta!
É engraçado como a dinâmica da maioria das famílias envolve uma série de questões! Quando convivemos com pessoas há muito tempo, essas questões se multiplicam, e aquela velha máxima "dê dinheiro, mas não dê intimidade" parece não resolver neste caso...
Temos que conviver com nossos velhos palpiteiros conhecidos, e nosso queridos familiares sentem-se no direito, e até no dever, de "palpitar". O palpite é uma coisa que flui das pessoas. Há aqueles que vêem disfarçados com frases rodeantes no início, há aqueles outros que são mais diretos e não disfarçam a arrogância de certas pessoas em fornecer suas opiniões, há aqueles que sempre começam com sentenças do tipo: "não quero me intrometer, mas..." ou "se eu fosse você..." ou "conheço um caso que..."; enfim disfarces para dizer o que pensa, rezando para que você concorde e até mude de opinião!
Não importa o estilo, família gosta de palpitar. Quando então se trata do destino dos netinhos, então... Esses são o diamante de toda a família! É assunto para todos os almoços de domingo, quando cada um lembra dos "calsos" para demonstrar seus pontos de vistas.
É interessante como às vezes trocamos favores por palpites. Explico-me. Lembra quando nossos pais tinham que resolver algo, ou mesmo decidiram ir ao cinema e deixa seus filhos com os avós? Pronto, tai um favor pedido, e em troca um palpite de brinde. "Minha(o) filha(o), com você a coisa foi diferente. Você devia fazer isso ou aquilo..."
Enfim, o palpite é condição necessária e suficiente para se coexistir em família. O mais interessante de tudo é estar aberto para ouvir e perceber o que se está por trás dele. Não devemos brigar ou contrariar. Devemos perceber que aos avós cabem a tarefa de "deseducar", mas a nós cabe usar essa deseducação a nosso favor, ou seja, sabendo a hora certa de intervir e orientar como achamos que deve ser! O que acredito que precisamos evitar é deixar que nosso comodismo nos leve a situações onde perdemos o leme da educação de nossos filhos. Isso sim é um caminho sem volta!
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